Janela da Carmo

sábado, 24 de novembro de 2007

O HOMEM E A CADELINHA

O homem e a Cadelinha

Um velho homem vagabundado seguia pelas estradas da vila de São João

Sem destino, chorando de angústia e de sofrimento.

Uma senhora que por ali passava, pergunta, ao homem porque que está a chorar: _ Senhor, sente-se mal, quer ajuda?

E ele respondeu: _ Ai minha senhora, tenho uma dor tão grande no meu coração e uma grande mágoa.

_ Então diga lá o que a aconteceu. Falar faz bem! - disse a senhora ao velhinho que por ali passava lentamente.

_ Minha casa ardeu. Alguns dos meus haveres também e minha esposa morreu carbonizada. (E o homem continuou a falar)

E agora estou sozinho neste mundo. Tenho um filho mas ele tem as sua vida, nem pode tomar conta de mim, não tem tempo para me ouvir e nem posso encostar o ombro e chorar para acalmar a minha Alma…

_ Olhe meu senhor! Não fique assim! A vida continua e o senhor tem que pensar positivo.

_ Tem razão! Diz o velhinho com a voz tremula. _ Mas eu sou mesmo assim.

Gostava de ter um cãozinho para não ficar tão sozinho. Mas os cachorrinhos são tão caros!?

A senhora responde: _ Pense positivo! Tudo se consegue na vida. É só ter fé e lutarmos por aquilo que mais queremos, e tudo acontece! Às vezes sem esperarmos.

A senhora foi para casa pensando na história da vida daquele velhote e falou com o marido, sobre o velhinho. A certa altura disse ao marido:
_ Ó Francisco, nós temos dois cães caniches e se fores de acordo oferecemos a nossa cadelinha àquele senhor, pois ele está desesperado e a cadelinha sempre lhe ía fazer companhia e distraía-o um pouco a sua mágoa.

O marido concordou e disse: _ Seja feita a tua vontade!

Quando a mulher falou com velho senhor, ele recusou a cadelinha, visto já estar inscrito num lar e a sua entrada estaria para breve.

Uns dias depois, aquele homem retornou, mas agora acompanhado pelo filho. Depois das apresentações o velho homem disse à dona da casa:

_ Olhe minha senhora, afinal mudei de ideia e vinha pedir-lhe, se ainda não mudou de ideias, vinha pedir-lhe a cadelinha!

A dona da casa, olhou aquele homem e pensou: O que será que mudou na vida deste homem para que ele tivesse regressado e viesse pedir-lhe a cadela. Contudo respondeu-lhe:

_ Está bem! Leve lá a cadelinha, mas se o senhor um dia não a quiser, por favor não abandone! Tenha ela a idade que ela tiver, traga-a de volta pois nós não ficaremos zangados, pelo o contrário, ficaremos imensamente agradecidos por tê-la de volta.

O senhor, todo contente, levou a cadelinha.

Pensávamos que tínhamos ali um amigo, que nos iria procurar mais vezes para o ajudarmos a tirar a suas mágoas, mas afinal o velho senhor evita-nos e não quer nada connosco.

Antes passava pela a estrada principal onde morava o casal e agora, vai dar uma volta pela estrada nacional, bastante perigosa porque tem muito movimento, muito trânsito e nem sequer existem passeios para os peões.

Uma pessoa tenta ajudar e no fim as pessoas são ingratas e antipáticas. Até nos leva a pensar “que mal fizemos a Deus para nos tratarem assim!”

As vezes desprezamos as pessoas que conhecemos e que nos ajudaram, muitas vezes por causa da sua imagem ou dos seus defeitos e afastamo-nos. Na verdade somos iguais ou tão piores do que elas.

Desconsideramos essas mesmas pessoas e elas precisam apenas de alguém que as compreenda. Que as compreendam, não por o que elas poderiam fazer, mas pelo que são realidade .

O que conta, não é o que elas são por fora, o seu visual, mas sim o que elas são por dentro.

Você não é um ser humano tendo uma experiência espiritual. Você é um ser espiritual porque tem uma experiência humana."

" Para que o mal triunfe só é necessário que os homens bons não façam nada."

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